A Peugeot Citroen, que ajudou o país a tornar-se uma força económica, vacilou nos últimos anos sob o peso da queda da procura na Europa e o aumento da concorrência da Ásia.

No ano passado, com os seus problemas a acumularem-se, a cotação dos títulos da Peugeot caiu mais de 60%, sendo que o valor de mercado e o volume de acções negociadas são factores importantes na construção do índice CAC 40.

O índice inclui as 40 empresas mais representativas listadas na NYSE Euronext da Bolsa de Paris e a sua composição é avaliada, pelo menos, quatro vezes por ano.

A NYSE Euronext disse na noite de quinta-feira que a Solvay, empresa química sediada na Bélgica, vai substituir a Peugeot, sendo que a alteração terá efeito a partir de 24 de Setembro.

A Peugeot recusou-se a comentar e a Solvay disse que a sua entrada no índice é "um marco importante", acrescentando que tal reflecte a saúde económica da empresa e o seu potencial de crescimento.

Ao deixar o índice, a PSA não sofrerá qualquer impacto ao nível da sua actividade comercial, mas pode significar uma redução à exposição das acções da empresa de alguns fundos.

Esta decisão surge num momento em que a Peugeot está sob pressão em França por ter anunciado a intenção de cortar 8.000 empregos e fechar a sua fábrica de Aulnay, desencadeando duras críticas do novo presidente francês François Hollande e dos sindicatos.